No início desta semana começaram os rumores de que Zelensky viria a Portugal. Ontem, o ministro da Defesa, Nuno Melo, anunciou de facto que o presidente ucraniano deveria visitar Portugal "a muito curto trecho". Contudo, no final do dia a informação era outra, sendo que nessa altura o SAPO24 apurou junto do gabinete do Ministério da Defesa e da presidência da República que não havia informação sobre o cancelamento da visita do presidente ucraniano a Portugal.

Hoje, na rede social X, Zelensky confirmou que não vem a Portugal, tendo em conversa com o primeiro-ministro Luís Montenegro, explicado que a "situação da linha da frente e as tentativas da Rússia de expandir a guerra" fazem com que "toda a atenção está agora focada nas nossas operações defensivas em curso e no contacto com os militares, necessitando do adiamento de todas as visitas estrangeiras".

"Falei com o Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, para informá-lo sobre a situação na linha da frente e as tentativas da Rússia de expandir a guerra. Toda a atenção está agora focada nas nossas operações defensivas em curso e no contacto com os militares, necessitando do adiamento de todas as visitas estrangeiras. Discutimos em detalhe a próxima Cimeira da Paz, que tem o potencial de ser o primeiro passo para restaurar uma paz justa. Estou grato ao Primeiro-Ministro Montenegro por confirmar a presença de Portugal e por me garantir que o seu país utilizará os seus contactos para garantir o máximo apoio internacional à Cimeira da Paz", afirmou.

A Rússia lançou na sexta-feira uma ofensiva surpresa contra a região de Kharkiv, cuja capital, com o mesmo nome e a segunda maior cidade da Ucrânia, está localizada perto da fronteira entre os dois países.

A presidência ucraniana anunciou hoje o envio de reforços para a região de Kharkiv, depois de uma parte das forças ter sido retirada de algumas posições devido aos avanços significativos das tropas russas.

Os confrontos mais ativos estavam a ocorrer em Lukianti e Vovchansk, a norte de Kharkiv, onde as tropas russas conseguiram penetrar na semana passada pela primeira vez desde o início da invasão, no final de fevereiro de 2022.

Hoje mesmo, os representantes permanentes dos Estados-membros junto da União Europeia tiveram uma primeira discussão sobre um novo pacote de sanções, o 14.º., à Rússia, que inclui o setor do gás natural liquefeito (GNL), medidas setoriais relativas à Bielorrússia e a ‘frota sombra’, navios utilizados usados para transportar mercadorias violando anteriores medidas restritivas.