Em causa está o projeto “Janelas ConVIDA”, lançado em 2020, durante a pandemia de covid-19, pelos estudantes da licenciatura de Educação Social Gerontológica e do mestrado em Gerontologia Social da Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).

Hoje, em reunião do executivo municipal, foi decidida a assinatura de um protocolo de colaboração e cooperação entre a autarquia, a ESE e o Centro Humanitário do Alto Minho da Cruz Vermelha Portuguesa (CHAM)que permita “a construção de rede de apoio às pessoas idosas no concelho de Viana do Castelo”.

Na apresentação da proposta ao executivo municipal, a vereadora da Coesão Social, Carlota Borges, destacou “a importância do envelhecimento bem-sucedido e da necessidade de promover a solidariedade intergeracional”.

“Este protocolo visa estabelecer um programa de voluntariado académico, cujo intuito é o da construção de uma rede de apoio às pessoas idosas no concelho de Viana do Castelo, promovendo a relação entre diferentes gerações e combatendo a solidão e o isolamento social”, referiu.

A minuta do protocolo aprovada em reunião ordinária explica que o programa de voluntariado académico “Janelas CONVIDA” tem como entidade promotora a ESE do IPVC e como entidades parceiras a Câmara de Viana do Castelo (CMVC) e o CHAM.

O acordo prevê que o município assuma “o seguro dos voluntários através do Banco Local do Voluntariado (BLV), assim como a sua formação, colaborando em articulação com as Juntas de Freguesia e Uniões de Freguesia sempre que necessário”.

A autarquia irá ainda colaborar “no transporte dos alunos para as freguesias em autocarro do município, desde que devidamente planeado, com o máximo de dois transportes mensais”.

O projeto-piloto desta iniciativa vai avançar, de forma imediata, na freguesia de São Lourenço da Montaria.

“Pretende-se a promoção e interação entre diferentes gerações no combate à solidão, ao isolamento social, à insegurança e exclusão social dos idosos, além de contribuir para a formação destes jovens”, sublinhou Carlota Borges.

O executivo municipal aprovou ainda a proposta do projeto “Náutica para Todos”, que o município promove em parceria com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) e os Agrupamentos de Escolas, apoiando alunos com deficiência nas turmas que frequentam as atividades náuticas.

No ano letivo em curso, o projeto inclui 67 utentes da APPACDM, sendo que a Câmara Municipal atribui um apoio mensal no valor de cinco mil euros à associação, perspetivando a inclusão nas atividades curriculares na expressão físico motora da natação no primeiro ciclo de ensino básico e da náutica na disciplina de educação física, no segundo e terceiro ciclos e secundário, adaptada, em todos os estabelecimentos de educação e ensino dos agrupamentos, proporcionando aos alunos portadores de incapacidade e deficiência a prática incluída na respetiva aula.

A autarquia “tem desenvolvido estratégias para a inclusão dos alunos portadores de incapacidade e deficiência dos estabelecimentos de educação e ensino dos agrupamentos de escolas nos projetos municipais, nomeadamente natação no primeiro ciclo de ensino básico e desportos náuticos nos segundo e terceiro ciclos”.

No primeiro ano do projeto Náutica para Todos, no ano letivo 2016/2017, estiveram envolvidos 30 alunos de dois agrupamentos escolares.